19 junho 2011

Menos De Um Segundo (One-Shot)



 -Ah Isabella... Volta pra mim! – sussurei segurando um porta-retrato com a foto dela, uma lagrima minha caiu ali.

Tão linda... Tão jovem... Nem parecia ter problema de saúde! Fechei os olhos e deixei a dor me rasgar mais uma vez... Só faz alguns dias, entretanto sinto como se fosse anos.

12 de Abril... Não conseguirei passar essa data sem ela... Uma pessoa tão cativante não merecia esse destino. Me sentei na poltrona com sua foto nas mãos e as lembranças me abateram...
>Flashback on<
“-Edward, como estou? – Bella apareceu no topo da escada com um vestido azul metálico, cabelo cacheado e um brilho intenso no olhar.

-Linda... Simplesmente linda, meu amor! – eu disse sorrindo.

Encontrei-a na metade do lance de escadas. Eu sentia uma estranha necessidade de provar-lhe o que sentia, e ainda sinto, pois naquele dia completaríamos 1 ano de casados.

-Eu ti amo! – eu disse segurando seu rosto angelical entre minhas mãos. Eu não me cansava de disser essa frase a ela, mais nesse dia era especial.

-Eu também ti amo! – Bella selou nossos lábios como se fosse o ultimo beijo. O beijo ultrapassava os limites da sanidade, amor, desejo, paixão e luxuria.

-Vamos nos atrasar Sra. Cullen! – eu disse me afastando. Lembro-me de querer voltar pro quarto com ela, me amaldiçoou por querer isso...

 Desci as escadas... Sorrindo... Peguei seu casaco e abri a porta, mas quando olhei pra trás, o clima tinha mudado!

Ela estava branca, só deu tempo dela estender-me a mão e revirou os olhos, caindo com um baque surdo no chão...”

As lembranças parecem vespas, que me envenenam todo o tempo possível para que eu sinta uma dor incalculável, impagável... Incurável!
‘Lembro de nós dois
Sorrindo na escada aqui
Estava tudo bem
E de repente acabou’ b35; b34; b35;
”-BELLA?! BELLA?! – chamei-a em vão e peguei seu corpo já mole do frio chão. Levei-a ao hospital mais próximo.

(...)

-Ela quer lhe ver! – o Dr. Carlisle me avisou quando ela recobrou a consciência. Eu não conseguia imaginar o esforço que ela fazia.

-Bella? Esta melhor querida? – perguntei com uma preocupação quase palpável. Ela me deu como resposta um sorriso terno.

-Ed, meu amor... – com a voz pouco mais baixa que o habitual ela disse. Era isso, eu precisava ouvir sua voz sempre, pois seu tom suave era como a melodia mais doce e agradável de se ouvir.

-Estou com fome... Íamos jantar, se lembra? – ela continuou tentando me distrair, mas nem de longe isso dissipou a preocupação. Me sentei em seu leito e afaguei seu rosto

-Eu tive medo... Medo de te perder! – eu disse encostando minha testa na dela.

-Não tenha... – sua delicada mão estava depositada em minha bochecha.

-Não quero ti perder! – sussurei.

-Juntos para sempre, pois nosso amor é eterno.

Ela disse minutos antes de me deixar. Foi uma promessa e ela não cumpriu...”
’Tudo que ficou
Mexe com meu interior
Isso afeta meus sentidos
Foi o seu cheiro que sumiu
Tudo acabou, interrompeu-se tudo que existiu’ b35; b34; b35;

Como se acordasse de um transe, percebi que estava no quarto, deitado na cama abraçado ao seu travesseiro. Dei uma fungadela e aaaah... Seu perfume de morango permanecia ali.

Mas o lugar ao meu lado estava frio, assim como meu coração.

”- Vou buscar um sanduíche pra você! – eu disse. Beijei sua testa e seus lábios e me retirei do quarto ido pra cantina.

-DR. CARLISLE! DR. CARLISLE! – uma enfermeira gritava-o desesperadamente. – TRAGAM O DESFIBRILADOR!

“Dr. Carlisle, sua presença é solicitada no quarto 306...”

306? 306 é o quarto da ... NÃO! Eu já chegava na cantina, mas comecei a correr para vê-la. Não pode ser ela PROMETEU!!!

-200 Joules... – pausa. – AFASTEM-SE! – reconheci a voz do Dr. Carlisle. Ele estava salvando-a.

-Não funcionou... – uma enfermeira nanica disse.

-Aumente para 300 joules... – pausa. – AFATEM-SE!

-Ela não reage... Devo aplicar efedrina doutor? – a enfermeira perguntou indecisa. Eu estava na porta, observando a cena.

-Não... Hora do óbito, 22:50hs! – vi a cara de frustração do medico por não poder salvar mais uma vida.

E com aquele barulho, meu mundo perdeu o brilho...

PIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII...”
‘Partiu num dia qualquer
Sem ao menos dizer adeus
E o que ficou?
Um coração que sofre
Como quem espera a próxima entrada da estação...’ b35; b34; b35;

Sequei minhas lagrimas, levantei da cama, desci as escadas e caminhei ate a cozinha. Bella jamais aprovaria minha atitude.

-Não posso viver sem você meu amor! – eu disse com a voz carregada de dor.

Abri a gaveta e peguei a faca de carne, acabei sentando-me ali mesmo, no chão da cozinha totalmente derrotado.

Desde que Bella mor... se foi, me sinto frio, pois todo o meu calor dependia do seu corpo sensual, do sorriso acolhedor e do seu coração caloroso (maldito coração).

Passei a faca pelos pulsos... Não senti dor, qualquer tortura fisicamente comprovada não amenizaria o sofrimento de perder o grande amor de minha vida. Mas agora, eu estava feliz...

Feliz por saber que logo eu teria a visão do paraíso...

’E o que separa o frio do calor
É a emoção de saber
Que vou poder te reencontrar um dia
Eternamente te encontrar
Eternamente encontrar você’ b35; b34; b35;
Eu a vi... Com seu sorriso amável emanando paz e calor. Sorri torto e fechei os olhos, me entregando ao momento...

Menos de um segundo e eu já perco o ar!

Fim !!!

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