18 agosto 2011

24-7 With You - Robsten




                  

Los Angeles - 23 de dezembro de 2010.
 
Ela acorda colocando o casaco do pijama dele e sente um braço a puxando de volta.
 
"Love, fica mais um pouquinho na cama..."
 
"Rob, você precisa levantar pra pegar o avião."
 
"Só mais um pouquinho." Ele faz bico mesmo de olhos fechados. Kristen cede sorrindo e faz carinho em seu rosto, observando-a relaxar sob seu toque. "Você é linda."
 
Robert não precisa abrir os olhos para constatar isso. A verdade está marcada em sua memória. Mas ele abre mesmo assim - a realidade é melhor, tão melhor. Ele quer dizer olhando naqueles olhos tão verdes. Ele é um tolo romântico. E ela ama isso tudo. Kristen beija seu lábio de leve e levanta, deixando-o para trás com um sorriso bobo no rosto. Seu coração aperta, e derrete, e pulsa como nunca. Como da primeira vez.


Londres - 30 de dezembro de 2010. 
 
Seus corpos parecem muito pesados para se moverem. Robert está bobo, rindo contra seu pescoço sem se importar em levantar o peso de cima de sua menina. Kristen sente as pálpebras pesadas, mas não reclama.
 
“Rob” Kristen chama batendo de leve os dedos em seu ombro. Ele está pacífico demais, poderia pensar que estava dormindo. Se não estivesse dentro dela, bem acordado.
 
“Hmm...”
 
Kristen mexe os quadris tentando acordar a si mesma e a ele. Eles não precisavam fazer sexo toda noite, mas Robert acordou no meio da madrugada gelada e não descansou até estar dentro de sua forma pequena. Literalmente. Agora estava preguiçoso demais para se mexer.
 
“Rob, sério que você vai dormir?” Sua voz está abafada contra seu peito.
 
“Estou confortável aqui. Tá quentinho.” Ele sorri deslavado e sente um tapa nas costas. “Ouch.”
 
Em algum momento Kristen aperta sua bunda e ele grunhe, desistindo de ficar preguiçoso. Levanta sobre um braço e devota seu pescoço, e seios, e curvas, e boca até ficarem cansados demais para abrirem os olhos.


Londres - 31 de dezembro de 2010. 
 
“Tom disse que sua mãe te dava isso pra febre e resfriado.” Kristen coloca dois comprimidos e um copo de água na sua frente.
 
“Não quero. Falei que não gosto de remédio, não vou tomar.” Robert se joga de volta na cama com os braços por cima dos olhos. Kristen apenas revira os olhos e sai do quarto para o banheiro. “Se quisesse tinha tomado a vacina...”
 
Quando ele ouve o barulho do chuveiro sabe que está falando sozinho. Tenta respirar fundo, mas o nariz congestionado o deixa ainda mais mal humorado. Então senta na beirada da cama e engole os remédios antes de se enrolar na colcha e voltar a dormir.
 
Kristen sai do banheiro com a toalha na cabeça e gargalha, sem se importar em acordá-lo, pois o copo está vazio e as pílulas sumiram.


Londres - 01 de janeiro de 2011. 
 
Kristen sente seu nariz gelado e pula de um pé para o outro antes de girar a chave do quarto. Robert a segue com passos mais lentos, mas sem sentir nenhuma parte de seu corpo. O efeito do remédio era melhor que todas as doses de bebida.
 
Ele entra murmurando uma música animada e Kristen o observa por cima do ombro, prendendo o riso. É difícil, pois depois de algumas taças de champagne - ela tinha bebido pelos dois, porque não queria que ele cortasse o efeito do remédio. Desculpas. - Kristen se sente borbulhando com risadas na boca do estômago.
 
“Hmm mmmhhhmmmm mmmmmm” Robert a abraça por trás e os mexe no ritmo da música que só faz sentido em sua cabeça.
 
“Que música é essa?” Kristen pergunta entre pequenas risadas. Ela gosta quando ele está desse jeito.
 
“Se você adivinhar eu, hmmm... te... eu faço nosso jantar por uma semana.” Ele ri do absurdo e ela acompanha.

“Não, obrigada.”

“Você nunca me deixa cozinhar.”

Era verdade, mas ela escolher não rebater. Vira o rosto e estala um beijo em sua boca, que parece meio roxa.

“Você tem tantas sardas.” Robert analisa com uma expressão séria. “Várias. Muitas. Milhares.”

“Você não vai tentar contar elas. De novo.”

“Certo. Porque isso seria estúpido.” Seus braços apertam em volta dos casacos e eles caem na cama. Kristen apóia em um cotovelo e o observa de perto. “Vou nomeá-las!” Robert sauda como se fosse a idéia mais brilhante do mundo.

Kristen ri alto e por muito tempo. Isso dá tempo o suficiente para que Robert troque suas posições, rir junto e retirar os casacos.

“Sardas, sardas do nariz.” Beija seu nariz e rosto. Eles continuam rindo. “Sardas, sardas, sardas das bochechas, quantas sardas.”

“Rob, sério, você misturou bebida com remédio?” Kristen tem lágrimas nos olhos de tanto rir, mas ele não ouve porque está murmurando ‘sardas, sardas, muitas sardas’ contra sua pele, tentando abrir sua blusa.

“Outras muitas sardas no ombro!!” Ele tem o rosto surpreso, os olhos arregalados e a boca aberta. “Muitas, muitas sardas!” Rob faz um barulho como se estivesse mastigando sua pele. Kristen ri, ri e ri mais um pouco. Ela o ama muito e esses pequenos momentos preciosos são os que ela mais gosta. “Sardas do ombro, hmmm, que delícias, muitas sardas.”

Kristen pega seu rosto entre as mãos e o beija com vontade, agradecendo por tê-lo, agradecendo pela noite, pelas risadas, pelo amor e mostrando o seu próprio. Ele murmura sardas contra seus lábios fazendo-a rir novamente.


Baton Rouge - 03 de janeiro de 2011.

Ela está andando de um lado para o outro de camisa e calcinha. Ele não consegue tirar os olhos dela, embora esteja muito cansado e preguiçoso para levantar e fazer todas aquelas coisas que sua mente planeja. Kristen está murmurando algo que ele não entende. Provavelmente pensando que ele ainda estivesse dormindo, tentando não fazer muito barulho.

“O que houve?” Ele pergunta sobre a carranca em seu rosto.

“Viu nossas escovas de dente?”

Eles chegaram em Baton Rouge e não tiveram tempo para desfazer as malas. Depois de uma reunião cedo com os produtores, eles só queriam descansar. Agora seu cabelo estava uma zona, depois de tantas horas dormindo, mas de alguma forma ela conseguia parecer perfeita.

“Não tá naquela bolsa dentro da mala...” 

Kristen responde com um olhar óbvio. Robert volta a se calar e observar.

(...)


Quinze minutos depois ambos têm seus copos de café a mão. Café preto, forte. Um cigarro dividido e meia dúzia de olhares implicantes. Hoje é um dia daqueles. Se um abre a boca, o outro já cortou. A animosidade está casada com eles.

Kristen puxa o laptop para o colo e abre no site certo, tentando recuperar o episódio de culinária perdido da semana anterior. Robert está na outra ponta da mesa fazendo anotações no script.

“Você viu...”

“Shhh.” Ela o silencia com o dedo na frente dos lábios que formam um bico.

Robert espera mais alguns minutos. Sua paciência infantil não dura.

“Kris.”

“Hm.” Ainda não presta atenção. Não a que ele quer.

“O que você anotou na cena vinte e três?”

“Não sei.” A resposta é imediata e o deixa frustrado.

“Você acha que Mackenzie é grande demais?”

“Não.”

“Mas é nova demais para colocar lentes, não é?” Robert está entretido demais perguntando coisas inúteis. Abusa de sua paciência como uma criança mimada.

Kristen bufa. Alto. É sua forma de demonstrar irritação.

“Digo isso porque eu tenho quase trinta,” Ele continua, e ela faz um barulho aborrecido. “e depois de três anos - quase quatro - ainda não me acostumei.”

“Rob.”

“Oi, love.”

“Me dá um papel.” Pede, ele estica o script sabendo que vai irritá-la. É como seu jogo preferido. “Não o roteiro, Robert.” Sua voz sai pelos dentes trincados.

“Você não especificou.” Disse cínico, é a primeira vez que ela averte os olhos da tela do computador. Mas as órbitas verdes não estão amigáveis. “Eu poderia ter trazido papel higiênico e você não poderia reclamar.” Sua defesa é inútil.

“Cala a porra da boca.” Seu tom não se altera nem por um segundo, mesmo o palavrão tendo manchado a frase. Robert gargalha divertido.

(...)

Robert volta da rua com dois maços de cigarro, e antes mesmo de abrir a porta, sente o cheiro de erva queimada no corredor.

“Ei, eu tro...”

“Hm.”

“Eu disse qu...”

“Oi.”

“Deixa...”

“Que?” Kristen está alta, e naquele clima que é engraçado ver alguém frustrado.

“Isso aqui...”

“Ahn?”

Robert suga uma quantidade exagerada de ar e deixa os ombros caírem quando exala. Sem falar nada entrega o envelope que contém o nome de Kristen. Ela abre balançando o corpo e a cabeça em um ritmo que vem da sua mente e mostra a capa de um dvd.

“‘Country Strong’” Esclarece. “Garrett ficou de mandar.”

“Quer ver agora?” Robert tira o cigarro de entre seus dedos e traga uma vez. Kristen dá os ombros e faz o caminho para a sala.

(...)

O filme ainda está rolando, mas estão altos demais para prestar atenção, e Kristen se vê esparramada no sofá murmurando as letras da música que rolam. Robert está mais interessado na pele sensível na curva de seu seio, e como fica instantaneamente arrepiada quando sua boca explora.

“Eu adoro a voz dele.” Kristen diz puxando os fios curtos de Robert levemente para o lado, para que veja a televisão.

“Normal.” Seu ego responde por ele.

“Não, sério.” Ela insiste, apoiando-se em seus cotovelos. “É profunda.” Fecha os olhos e se deixa embalar.

“A minha também é.” Ele quer comparação, ela não está nem falando disso.

“Que seja.”

Robert a cobre e volta a sentar no seu canto. Um silêncio preenche o espaço até que os créditos começam a rolar. Kristen estica o pé até a altura de seu ombro, ainda com as mãos dobradas em cima da barriga, e o observa achar muito interessante os nomes na tela.

“Você sabe que eu não estava falando disso, certo?”

“Mhmm.”

“Ei.”

Ele vira a cabeça finalmente em sua direção e pergunta com a cabeça. A conversa muda. Estava tudo bem. Ela sorri pequeno, preguiçosa e sacode o pé ainda em seu ombro. Robert varre seu corpo tão relaxado no sofá e volta para os olhos ainda tão abertos, o encarando.

“Perdeu. Você piscou.” Kristen o distrai e dá um impulso do sofá até esmagar seus lábios nos dele. Sem língua, sem pressa. Apenas as bocas, por um longo tempo. “Eu gosto mais da sua.” Ela sorri, ele sorri. “Vou tirar o jantar do forno.”

Mas ele abraça sua cintura e tem outras idéias. Em seus braços, entre suas pernas, fazendo caminhos e esparramando roupas. Ela apenas não dá tempo para que ele efetue os planos, e sai rebolando para a pequena cozinha. Com a mão na sua.
                               

         

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