19 setembro 2011

Perfect Moment - Robsten


Sinopse: Depois de quatro tentativas frustradas, Robert decide que um dia ele vai poder fazer o pedido no momento certo.



Tirar a água dos joelhos.

Esta era a grande necessidade de Robert no momento em que ele corria pelo set de filmagem que tinha uma estrutura muito maior do que ele imaginava. Ele poderia ter usado um banheiro químico próximo ao local da filmagem, mas preferiu usar essa pequena pausa para correr até o seu trailer.

Budapeste era estonteante. Mesmo quando você está correndo pela rua e passando por algum beco muito limpo para ser ligado a palavra morrendo de vontade de fazer xixi.

Ele puxou a porta do trailer com força sem nem mesmo ligar para o fato de ela estar destrancada e passou como um vulto até o pequeno banheiro.

Sua cabeça estava latejando um pouco, mas ele sabia que não era por ter se segurado. Hoje Kristen chegaria para visitá-lo. Passaria seu aniversário junto com ele. Não que só o fato de ela preferir passar seu aniversário com ele do outro lado do mundo já não fosse um motivo grande o suficiente para ele ficar nervoso... 

Robert tinha planos de fazer um quinto pedido de casamento. E só de lembrar disso, seu estômago embrulhou.

A primeira vez que ele pediu Kristen em casamento tinha soado muito mais como uma brincadeira com um fundo de verdade. Ainda era o momento da pré produção, os dois estavam sentados na mesa da cozinha da casa dos Stewart comendo um dos pratos que Kristen mais adorava fazer: Macarrão com molho de tomate e almôndegas.

Ela já tinha o conquistado por completo com apenas quatro noites de tentativas de estudarem o script juntos.

Em qualquer outra situação, Robert não se sentiria muito à vontade por estar na casa dos pais da garota com quem ele estava tentando de todas as maneiras possíveis flertar e fazer com que esse flerte funcionasse. O que ele não sabia é que Kristen era uma boa atriz e gostava de se fazer de idiota na frente dele. Por dentro ela sorria como a adolescente que era, soltava fogos e tentava não morrer todas as vezes que ele falava usando aquele sotaque britânico forçosamente.
Pattinson não era o primeiro cara mais velho a dar em cima dela, mas com toda certeza era o único que a fazia ficar tão boba.

Ela amava toda a atenção que recebia dele, e não deixava de se esforçar para conseguir mais.

Não que fosse fazer mal. Junto dele era difícil lembrar que tinha um namorado que poderia, inclusive, chegar a qualquer momento.

Mas flertar, paquerar, tudo era gostoso demais para que ela fosse responsável e colocasse um fim em tudo que mal tinha começado.

Naquela noite ela só teve a intenção de mostrar a ele como valia à pena receber aquela atenção toda. Então se meteu na cozinha praticamente a tarde toda, não se importando que ele chegasse no momento em que ela ainda tinha colocado a massa para cozinhar.

No fundo, Kristen queria se exibir, mas Robert não tinha captado isso.

Ele lembra como só conseguia babar por cada movimento dela.

Eles já tinham se beijado. Sim, ele não era ele, era Edward e ela era Bella, mas os lábios de Kristen foram os mais doces que ele tinha provado. E a forma como eles quase transaram em cima da cama da mulher que ele tinha conhecido há apenas pouco mais de meia hora, foi decisiva: ele tinha que estar perto dela. Ele tinha que conquistá-la, tinha que tê-la para si.

Ele ainda se pergunta se eles teriam parado caso Catherine não tivesse praticamente gritado com os dois feliz e constrangida. Mas ao lembrar da mão ágil de Kristen que já tinha conseguido abrir o botão de sua calça e acariciava seus poucos pêlos, as unhas muito próximas da barra de sua boxer, a língua enroscada com a sua e os lábios exigentes, a forma como suas mãos ficaram perfeitas em seu quadril e em sua bunda perfeita...


Sem contar que a camisa de Robert já tinha sumido e ele podia sentir o tecido da camisa dela separando seus seios pequenos e excitados demais.

O olhar mortal que Robert tinha dado ao ser interrompido definitivamente não era de um Edward que ficou com mais sede do sangue e do corpo de Bella.
Era apenas um Robert, completamente puto por ser interrompido daquela maneira.

No dia seguinte, em uma pequena reunião ele soube que tinha sido escolhido. Todos brincaram com o fato de Kristen ser a Bella perfeita e ter batido o pé no chão para que ele fosse o Edward perfeito dela. Robert sorriu, nervoso, mas Catherine foi direta ao ponto quando pode ficar sozinha com ele.

Se Robert soubesse o quão mais aquilo ainda iria incomodá-lo durante os meses a seguir, não teria rido como um bom babaca e anotado mentalmente que não se importava.

Afinal, quem se importa com o namorado?

Kristen serviu um prato para ela e outro para ele, inventados mil desculpas sobre o caso de estar ruim. Ela sabia que estava muito bom e gritou da cozinha para que seus irmãos e seu pai viessem se servir, pois Robert era a única visita ali.

Ele fechou os olhos e gemeu alto satisfeito com o prato que soou como uma pornografia gastronômica. Ele já estava cansado de comer Wendy’s, Sonic, Mc Donald’s e hot pockets. O dinheiro estava curto e cerveja era mais importante em comparação com o alimento que ele pudesse comprar. 

Mas comida caseira... a maldita comida caseira dela estava inacreditável. Como tudo nela.

Ela sorriu e abriu uma garrafa de Heineken para cada um antes de se sentar.


Robert não era exigente demais, mas como todo bom filho era fã número um das almôndegas de sua mãe. Agora ele tinha encontrado alguém que poderia não competir com ela, mas estar ao lado, isso se não conseguissem ser melhores, mas ele optaria por não fazer comparações. Algo dentro dele dizia que Kristen seria uma mulher muito importante para sua vida.

Tinha alguma coisa ali, alguma coisa que eles só iriam entender algum tempo depois, que mudava tudo.

Ele terminou de mastigar e sorriu satisfeito e surpreso por ter uma cerveja ao seu lado. Ele queria soltar um ‘Mulher, você está me deixando mal acostumado’ mas tudo o que saiu foi um

“Caralho Kristen, case comigo.”
Rolando os olhos ao mesmo tempo em que subia o ziper de sua calça, ele lembra de como agia como um completo idiota ao lado de Kristen desde sempre. Ele lavou as mãos e tentou não passá-las em seu rosto para a maquiadora iria surtar.

Ele estava tão malditamente nervoso que quando saiu do banheiro finalmente notou que tinha algo diferente ali.

Não exatamente algo diferente, mas alguém que dormia sentada no pequeno sofá do trailer com um livro em seu colo.

Ele ligou o fato da luz estar acesa e a porta destrancada e sorriu surpreso.

No combinado, ela só chegaria aqui “amanhã”.

Suando frio e tentando engolir o coração que insistia em querer sair pela sua boca, Robert tirou o volume de Madame Bovary do colo dela e passou o braço por baixo de seus joelhos.

“Hmmm” Ela passou os braços por seu pescoço e sorriu. “Não lembro de Georges ser gentil a não ser que queria alguma dama em sua cama.”


“Certamente, senhorita Stewart, eu a desejo em minha pequena cama.” Kristen fez algum barulho que misturava um suspiro com um gemido rouco. A forma com que ele falou a acordou por completo.

Robert não teve tempo de encostar o corpo dela na pequena cama do trailer. Kristen o puxou pela gola da camisa para um beijo de tirar o fôlego. O gosto da saudade, misto com excitação de sempre e algo doce como caramelo fizeram com que Robert pudesse esquecer do mundo ao seu redor. Eles estavam fechados em sua bolha novamente.


Sentir as mãos de Robert por sua nuca, seu cabelo, sua barriga... Kristen já estava chutando os tênis para fora dos pés quando sentiu ele acariciar seu seio por cima da blusa.

Os dois estavam se amassando como adolescentes, mas seus hormônios contribuíam totalmente para isso, então não existia motivo para não se deixar levar.
O final de semana que Kristen tinha passado com ele, três semanas atrás, foi uma tortura. Ela descobriu que ele teria folga e pegou o primeiro vôo que encontrou. Robert ficou sabendo por meio de John que ligou para ele nervoso demais com toda a situação. Kristen tinha embarcado para Londres apenas com a roupa do corpo e uma bolsa pequena com seus documentos e seu celular, deixando todos com o cabelo em pé.

Deus tinha sido muito bom com os dois. Ninguém que tenha visto ela nos aeroportos comentou.


Para a surpresa de Robert, que achava que John estava exagerando, Victória apareceu com Kristen na casa de seus pais e ela só carregava uma bolsa pequena no ombro.

Assim que ela o abraçou, chorou como uma criança, o que deixou todos desarmados. Ela estava sentindo uma falta absurda de sua presença em sua vida. E a cada fã ou paparazzi que aparecia em seu caminho perguntando por ele só piorava a situação.

Robert a acalmou e os dois ficaram o restante daquele dia em seu quarto, abraçados em cima da antiga cama dele.

Uma vez que tudo pareceu ficar confortável, o motivo de ela de não ter que se preocupar com roupas era para lá de obvio, pois acabou não precisando de nenhuma e os pais de Robert absolutamente não se incomodavam em ver ela usando as roupas do filho quando se sentavam ao redor da mesa do jantar.

No dia seguinte, antes dela poder ir embora começaram uma contagem regressiva de três semanas.

Kristen tinha sorte de ter pais compreensivos, pois eles não viram problema alguma de ela passar o aniversário dela com o namorado. E no final, a família acabou comemorando o seu aniversário e o de Taylor em uma pequena festa que rendeu um dia seguinte com todos os Stewarts uma bela ressaca conjunta.

Afinal eles eram muito unidos. 

Ela teve vontade de socar o pai quando o ouviu rindo ao telefone enquanto contava para Robert que ela tinha bebido a ponto não só passar mal e vomitar, mas ter apagado no meio da sala durante a festa.
Morta de vergonha ela se vingou se seu velho, contando que ele passou mal bem antes dela.
“Eu senti tanto, tanto a sua falta Love.” A voz de Robert falhou um pouco e Kristen chupou a pele de seu pescoço com mais vontade.

“Eu também.” Ela assumiu com um enorme sorriso. “Inclusive eu acho que Jella vai pedir divorcio de mim. Não me quer mais como sua mãe. Eu andei insuportável nas ultimas semanas.”

“O que você andou fazendo com o pobre gato?” Robert riu sentindo ela trabalhar em sua calça.

“Apenas não fui lá uma boa mãe. Fiquei o tempo todo resolvendo algumas coisas da venda do meu loft, irritada por não pode dirigir, trabalhando como sempre, vendo roteiros e todo tipo de coisa chata que você imaginar.”

‘venda do meu loft’

As palavras foram tatuadas em seu cérebro e ele travou um pouco, mesmo sentindo Kristen se divertir para tirar aquele figurino.


“Voo-você se manteve o mais ocupada, certo?” Ele suspirou sentindo o peso do pedido que ele queria fazer em um momento mais apropriado. “E é por isso que ele te ignorou. Pobre Max.”

“Ele está cansado de saber que sou uma bitch.” Ela riu satisfeita abrindo o colete. “Como as pessoas conseguiam fazer o conceito de rapidinha dar certo vestindo tantas roupas?”

Robert riu.

“Você não está muito melhor, sabe?”

“Como assim?”

Robert puxou a camisa dela por sua cabeça e ela gargalhou ansiosa antes de ele voltar a lhe beijar.

Ele gemeu sentindo a mão dela invadir sua roupa e quebrou o beijo em busca de ar quando ela começou a fazer aqueles movimentos tão adoráveis. Ela já estava lambendo a sua garganta e ele já estava se segurando para durar um pouco quando finalmente começasse a fazer o que ambos tanto gostavam quando bateram na porta do trailer.

“Robert, está tudo bem com você?”

A voz de Steph fez ele parar o que estavam fazendo. Um longo suspiro foi dado por ambos e Kristen se deixou cair na pequena cama.

“Preciso de um cigarro.” Ela anunciou com as mãos no rosto.
“Eu estou bem sim.” Robert anunciou arrumando a calça e depois o colete. “Já estou indo!”

“Love, vá para o hotel.” Ele pediu se abaixando para beijar sua barriga exposta. “Nem sabia que você ia chegar hoje.”

“Bem, isso é o que chamam de surpresa, certo?” Ela sorriu graciosamente e passou a mão por seu cabelo novamente. “Eu te amo.”


“Eu também te amo.” Ele beijou a ponta de seu nariz. “Vá para o hotel.”

“Não.” Ela rolou os olhos vestindo a camisa mais uma vez. “Não vou para lugar algum sem você. Aqui tem tudo o que eu preciso.”

Robert gemeu sentindo ficar duro mais uma vez quando de forma divertida ela o agarrou por cima do tecido.

“Kristen...”

Ela apenas gargalhou e se levantou, o seguindo até a porta onde ela se sentou para fumar um cigarro vendo ele partir.

Robert seguiu para o set novamente ouvindo repreensões de todos mas não se importou com o fato de ter que fazer cabelo, maquiagem e trocar o colete que estava completamente amassado.

Sua garota tinha feito tudo aquilo e ele não poderia estar mais feliz por isso.

A maquiadora riu lavando o seu cabelo para começar o penteado de Georges novamente quando ele explicou que sua namorada estava ali.

Não tinha como ficar com raiva do garoto.


Enquanto ela trabalhava para que seu personagem pudesse voltar à tona, Robert lembrou da segunda vez e que as palavras saíram de sua boca. Ele estava em uma situação parecida como a de agora quando ela entrou com uma garotinha extremamente fofa segurando a sua mão.

Certas horas Kristen mais parecia uma menina de dezessete anos, mas em outras ela parecia uma mulher tão forte e decidida que parecia barrar seus vinte e poucos anos.

Ele não lembrava o nome da menina, mas sabia que ela estava ali para interpretar Bella também. Kristen se agachou e ouviu atentamente o que ela tinha a dizer. Ela riu e a menina ficou com o rosto vermelho. Kristen concordou com o que ela tinha dito, afirmando que sim,‘Robert é muito bonito.’
O que a garotinha queria era apenas uma foto só com ele.

Depois de acertar, Kristen mesma bateu a foto. Robert ofereceu para bater uma foto das duas e ficou encantado com o jeito que Kristen levava com crianças.

A fase que os dois estavam atravessando, naquele momento era delicado. Kristen estava próxima de completar dezoito anos, não parecia se entender com seu namorado e vinha dormindo todas as noites ao lado dele. Ela precisava treinar a naturalidade para quando fossem gravar as cenas de Edward zelando o sono de Bella agarrada ao seu corpo duro e frio.

Robert sempre fazia conexões imbecis como gritar mentalmente que na verdade estava duro e para lá de quente, quando ela inventou dormir usando apenas uma blusa e uma calcinha.


Beijos e amassos muito leves aconteciam com mais freqüência que deveriam, mas Kristen sempre tinha a desculpa de justificar o ensaio e Robert apenas aproveitava o que ela podia dar. Ele estava completamente apaixonado por ela, mas também não sabia como agir.

Kristen arrumou mais uma vez o cabelo da garotinha e elas tiraram uma nova foto. Todas aquelas imagens ficaram em sua cabeça e ele voltou para o camarim para esperar a maquiadora voltar e treinar o que tinha de ser feito. Não muito depois ela entrou e se sentou na cadeira ao seu lado e riu contando como a menina era fofa e estava envergonhada de tirar uma foto apenas com ele.


Robert comentou que ela tinha jeito para crianças e aquilo realmente o agradava. Kristen explicou que depois que gravou um outro filme, The Messengers, descobriu que um dia ia querer ter filhos. E faria como sua mãe, adotando também.

Aquilo o fodeu por completo.

Quando ia cansar de admirar Kristen?

Quando?

Foi assim que o segundo pedido saiu de sua boca.

“Bem, se você casar comigo, podemos colocar alguns filhos no mundo muito em breve.”
Tudo o que Kristen fez foi rir e dar um tapa no ombro dele para esconder como aquele segundo pedido também tinha a afetado e só horas mais tarde eles dois, conversando sobre o que queriam para o seu futuro, Kristen admitiu que não sabia dizer se Michael poderia fazer parte dele. Apesar de ela saber que queria ter uma família, tocar no assunto criança ou até mesmo se encantar por alguma era algo inexistente vido de alguém que não queria ter filhos.

Robert balançou a cabeça saindo do trailer.

Como um homem, sim, afinal o babaca tinha sua idade, que diz estar com a mulher que ama e que quer para toda sua vida ao seu lado poderia não quere ter filhos?

Ele riu tendo a certeza de que Kristen estava com a pessoa certa agora, pois no que dependesse dele eles já teriam colocado uma linda garotinha no mundo. Robert sonhava com uma menina com o nariz, a boca e os olhos de Kristen. Não que se um garoto viesse ele não o desejaria ou o amaria. Mas o seu maior sonho era uma menininha.


Bem, se ele tivesse coragem, hoje daria um passo para que isso se tornasse ainda mais real.

Ele podia ser um grande malandro e usar roupas rasgadas, comer hotpockets para ter mais dinheiro para cerveja quando esteve duro, gostar de fumar e viver uma vida boemia com seus amigos e sua namorada, mas se tinha algo que Robert prezava em sua educação era o amor e respeito que um homem deve ter por uma mulher, em especial se ela for a escolhida para ser sua companheira para todo o sempre.

O pedido de namoro fora formal, fazendo o pai cair na gargalhada pois já sabia que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde e o considerava como um filho.

A gravação parecia passar mais lenta que o normal e ele foi surpreendido por Kristen vestida com um dos figurinos da figuração. Ela riu da cara de espanto dele e fez sinal para uma peruca cheia de cachos que usava.
Tudo o que Kristen fez foi rir e dar um tapa no ombro dele para esconder como aquele segundo pedido também tinha a afetado e só horas mais tarde eles dois, conversando sobre o que queriam para o seu futuro, Kristen admitiu que não sabia dizer se Michael poderia fazer parte dele. Apesar de ela saber que queria ter uma família, tocar no assunto criança ou até mesmo se encantar por alguma era algo inexistente vido de alguém que não queria ter filhos.

Robert balançou a cabeça saindo do trailer.

Como um homem, sim, afinal o babaca tinha sua idade, que diz estar com a mulher que ama e que quer para toda sua vida ao seu lado poderia não quere ter filhos?

Ele riu tendo a certeza de que Kristen estava com a pessoa certa agora, pois no que dependesse dele eles já teriam colocado uma linda garotinha no mundo. Robert sonhava com uma menina com o nariz, a boca e os olhos de Kristen. Não que se um garoto viesse ele não o desejaria ou o amaria. Mas o seu maior sonho era uma menininha.


Bem, se ele tivesse coragem, hoje daria um passo para que isso se tornasse ainda mais real.

Ele podia ser um grande malandro e usar roupas rasgadas, comer hotpockets para ter mais dinheiro para cerveja quando esteve duro, gostar de fumar e viver uma vida boemia com seus amigos e sua namorada, mas se tinha algo que Robert prezava em sua educação era o amor e respeito que um homem deve ter por uma mulher, em especial se ela for a escolhida para ser sua companheira para todo o sempre.

O pedido de namoro fora formal, fazendo o pai cair na gargalhada pois já sabia que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde e o considerava como um filho.

A gravação parecia passar mais lenta que o normal e ele foi surpreendido por Kristen vestida com um dos figurinos da figuração. Ela riu da cara de espanto dele e fez sinal para uma peruca cheia de cachos que usava.
Ele descobriu que Scott Thomas não gostaria de deixar passar a oportunidade de ter Kristen no filme e a arrastou para fora do camarim quando soube que ela estava lá. Acordo selado, seu nome não sairia nos créditos e ela não receberia nenhum cachê por isso e todos saiam ganhando.

Ela ficou o tempo todo observando ele com cuidado dentro e fora de cena. A cartola, o terno e a grossa aliança dourada tinham conseguido derretê-la de uma forma que resolveram pular a hora do almoço para ficarem no trailer aos beijos depois da confissão dela.

Robert não poderia deixar de se sentir o homem mais sortudo do mundo.

-

A tarde não foi tão animadora assim. Ele estava filmando desde as quatro e meia da manhã e depois de deixar Kristen cochilando no trailer, o sono pareceu vista-lo. O café não parecia ajudar muito à aquela altura do campeonato: já não estava mais fresco e Robert detestava isso.

Procurar por um café que estivesse fresco se tornou um pequeno desafio para todos. As poucas garrafas que chegavam acabavam antes que todos pudessem te sua dose e como um cavalheiro, Robert preferia que as mulheres tivessem sua dose antes dele.

Quando um segundo e rápido intervalo para arrumarem as luzes e batedores ocorreu, ele teve sua chance de tomar café como queria. Stephanie sorriu avisando que Kristen tinha saído sozinha para comprar aquele copo grande de café puro de grão excessivamente tostado como ele gostava e as lembranças invadiram sua mente mais uma vez.

Portland não era uma cidade bonita, mas tinha uma cafeteria muito simpática que todos que participavam do filme freqüentavam. Como o lugar além de simpático tinha uma espécie de biblioteca disponível para os clientes e ficava aberto até muito tarde, se tonou um dos lugares favoritos dele e de Kristen.
Uma das coisas que ele mais cultuava nela era o seu amor pela leitura. Ele tinha dado alguns livros de presente a ela, e ela não fez diferente. Eles passavam os intervalos das gravações dentro de uma pequena bolha conversando sobre os autores e as estórias e histórias.

O pequeno estabelecimento se tornou ainda mais especial quando observando as duas enormes estantes com livros velhos, Kristen encontrou uma velha edição de On the Road. Os olhos dela brilharam tanto e ela comentou como amava toda aquela história narrada daquela forma. 

Seu aniversário de dezesseis anos foi comemorado na estrada junto com seus pais e irmãos, que fizeram exatamente como o protagonista da história. Foram cinco visitas ao café para que ela pudesse contar tudo o que viu e viveu, que vivia, graças a o seu livro favorito. Robert lembra de ter feito um pedido especial para ela: um dia ela cair na estrada com ele para ele viver um pouquinho de sua emoção e fazer mais parte de sua vida.


Kristen amou e aceitou o convite programando com ele as possibilidades para quando ele estivesse nos EUA novamente. Houve um silêncio depois que ela comentou aquilo inocentemente, mas também houve uma troca de olhares intensa que praticamente dizia ‘Eu não quero que isso acabe nunca´

Neste mesmo lugar ele encontrou um volume velho e surrado de seu livro favorito e contou a Kristen o porquê por trás daquilo. Eles também riram e fizeram algumas piadas sobre a literatura emo que os dois tanto curtiam.

Aquele lugar era tão especial para ambos por tantos motivos.

Um dia, Kristen o chamou para ir até lá pela parte da madrugada quando descobriu que ainda estava aberto. Estava bem frio e o dono parecia estar com muito sono quando Robert tirou o seu gorro para entrar no lugar. Os pequenos sinos que tinham na porta fizeram Kristen pular da cadeira onde estava sentada tão rápido como o seu coração.
Robert foi recebido com um abraço apertado e um longo beijo carinhoso que o fez afastar os fantasmas de estar tendo um caso com uma garota de apenas dezoito anos.


Kristen acenou com a cabeça para o dono no lugar que era a única pessoa que trabalhava ali aquela hora e pouco tempo de se sentarem dando as mãos dadas por cima da mesa ele apareceu com o capuccino com canela extra de Kristen e o café preto de grão excessivamente tostado de Robert.

Ela notou como ele se surpreendeu e explicou que sabendo que era o favorito dele, não existia maneira de dar para trás e não recebê-lo bem por completo.

Foi sorrindo e olhando em seus olhos enquanto suas mãos faziam carinho nas dela que ele fez o terceiro pedido, dessa vez, de uma maneira diferente.

“Você é a mulher perfeita para passar o resto da vida comigo.” Kristen não tirou seus olhos dos dele, visivelmente emocionada. “Um dia, por favor, seja a minha esposa.”

Nada mais foi dito, ao menos, nada mais sobre aquele assunto. 

Kristen sorriu e abriu uma página qualquer de Doomed Love o que o fez sorrir sabendo que era o presente favorito dos que ele tinha conseguido lhe dar. De mãos dadas, mesmo sendo apenas uma, Robert deu um aperto e a incentivou a ler em voz alta ao mesmo tempo que dava um primeiro gole em seu café fumegante. 


O que ele tomava agora tinha o mesmo gosto daquele. Engraçado como um simples gesto podia deixar até o sabor de uma bebida tão comum em qualquer parte do mundo extraordinário. 

Ele terminou a bebida se sentindo mais animado para enfrentar mais seis ou sete horas de gravação pela frente. 

-

Kristen apareceu e brincou, conversou e se entrosou com todos do set. Robert ficou contente em ver John ali, assim como Nick não estar ali esses dias. Ele e Kristen andavam no limite da linha da convivência educada.
Robert conseguiu trabalhar mais aliviado e teve a opinião dela sobre alguns takes – o que era muito importante, afinal Kristen sabia quando ele tinha conseguido dar o seu melhor ou não – e ver que todos estavam em total harmonia para a ultima cena gravada naquela noite desse certo. 

Uma pequena seqüência em um restaurante, um jantar onde Georges soava galanteador e amoroso com sua conquista. 

Cena rodada, todos foram liberados e Kristen abriu um enorme sorriso tímido em sua direção. Sua mochila já estava em suas costas e John tinha a sua em seu ombro. Seria difícil resistir a ansiedade dela. 

Todos se despediram sabendo que amanhã seria mais um dia de trabalho e algumas pessoas lembraram que seria também uma festa de encerramento e o convite para Kristen ir estava mais do que de pé. Eles agradeceram e John avisou que ficaria ali pelo centro. Robert sorriu agradecido e achando engraçado Kristen estar envergonhada de verdade. 


John, seu companheiro para todas as horas era como um tio que está ao seu lado para o que der e vier. Mas ainda era um pouco constrangedor para Kristen, que ele tivesse de estar tão presente em sua vida para que todos se sentissem mais seguros em relação a ela saindo por aí.

O motorista do pequeno carro já sabia que caminho fazer, afinal Robert já tinha acertado tudo antecipadamente. Ele só tentou não ficar mais nervoso com o como iria fazer aquilo agora que Kristen é quem tinha feito uma surpresa para ele. 

“A equipe daqui de Buda é bem legal.” Ela começou a puxar assunto. “Foi legal da parte deles me chamarem para a festa amanhã.” 


“Não iam te deixar de fora. Os produtores gostam de sua opinião.”

“Eu sou chata. Só isso.” 

Ela riu e pegou em sua mão antes de se recostar mais contra o banco do carro. 

Festa de encerramento não era exatamente uma boa lembrança para Robert. Aquela tinha sido a quarta vez que ele tinha feito o pedido para Kristen e definitivamente não tinha sido a melhor, mais apaixonada ou engraçada.
Naquela noite eles tinham ultrapassado o limite que tinha sido estabelecido sem palavras. Toda a equipe estava extremamente feliz e satisfeita com todo o trabalho feito, mas eles dois sabiam que aquele não seria um momento de comemoração. 

Robert estava em um canto do pequeno grill bebendo sozinho. Kristen apareceu sem falar nada e pegou sua mão, o puxando pela porta de trás para correr em direção ao pequeno apartamento dele. 

Ele sabia que ela iria embora cedo na manhã seguinte e tinha comprado uma velha caminhonete para voltar dirigindo. Robert queria fazer um comentário sobre isso mas não podia: ela tinha o ajudado a conseguir a carta de motorista. 

O apartamento de Robert era no primeiro andar, e quando eles conseguiram subir todas as escadas, pararam na frente da porta esbaforidos. Nenhum dos dois praticava exercícios que não fosse o velho e bom levantamento de copo, e junto com a quantidade de cigarros que costumavam fumar, o resultado não poderia ser diferente. 

Ainda sem falar nada, Robert abriu a porta de seu pequeno e sujo lar temporário. Ele esperou Kristen passar pela porta antes de entrar e fechá-la. 

O que ela começou a fazer assim que o barulho da tranca tomou conta do espaço junto com as respirações ofegantes o deixou sem reação. 


O cabelo preso pelo rabo de cavalo, o rosto mostrando insegurança. O casaco xadrez sendo lançado no chão. A regata branca de alças finas foi jogada no chão e ele engoliu seco vendo ela caminhar em sua direção sem uma blusa. 

Ele nunca tinha visto tanto da pele dela. 

Nunca. 

Bem na sua frente, ela tirou seu casaco e sua touca, ficando na ponta dos pés para aproveitar um provável ultimo toque pelos frios gloriosamente bagunçados. Era um gesto carinhoso mas cheio de uma saudade estranha. Ela suspirou, olhou em seus olhos, mas não conseguiu sorrir. 


Seguindo em frente, tirou sua camisa e depois o abraçou com força. 

Robert nunca, nunca iria conseguir explicar como um abraço tinha o afetado tanto.
Kristen se afastou, dando um ou dois passos para trás e começou a tirar seu sutiã.

Quase como se um desespero incomum o atingisse, Robert subiu as alças até seus ombros novamente e fechou os olhos, respirando fundo antes de conseguir falar. 

“Não.”

“Eu quero você.” Ela declarou afastando as mãos dele de seus ombros. 

Robert espremeu os olhos com força e gemeu quando ela voltou a abraçá-lo, dessa vez sem a pequena peça cor de pele atrapalhando o primeiro contato realmente intimo dos dois. 

“Nós dois queremos isso.” Ela lhe assegurou. 

“Eu não posso ter uma dose de você para nunca mais.” Confessou. “Já é difícil o suficiente. Não precisamos piorar.”

“É egoísta da minha parte. E...”


Robert precisava para com aquilo antes que acabasse os machucando ainda mais.

“Sua mãe está certa.” Ele a afastou, ainda incapaz de olhar para o seu corpo exposto. “Você mais parece Bella. Está agindo...”

“Agindo como minha personagem? Você acha mesmo?” Ela tinha levantado o tom de voz. “É isso? Resíduo de minha personagem?”

“Eu acho que nós dois estamos assim.”

“Você não pode estar falando sério!” Ela acusou, explodindo. “Não, não pode! Não depois de tudo o que passamos juntos!”

“Kristen, por favor.” Ele pediu ainda com os olhos fechados. 

“Abra os olhos!”

“Não.”

“Robert...” As mãos pequenas dela estavam em seu rosto carinhosamente. “Abra os olhos.”

“Se vista.”

“Não.”

“Não é justo.”

“Também não acho.” Ela concordou por outros motivos. “Você bagunçar a minha vida que já não estava lá essas coisas... você não tinha esse direito e mesmo assim fez.”

“Eu sinto muito.”

“Mas eu não.”

Robert abriu os olhos e encarou Kristen puxando ar com força para que seus olhos nunca se desprendessem dos dela.

“Não tem como ser resíduo de nossos personagens.” Ela explicou pegando a mão dele e levanto até seu coração. “Eu sei o que quero. Você também. Eu não sou perfeita, muito menos você. E existe algo mais...”
Robert não resistiu e a calou colando seus lábios nos dela. Tudo o que ele queria era um pouco de coragem para realmente fazer aquilo. Quantas vezes ele não imaginou e fantasiou como seria esse momento? 

Kristen gemeu ao sentir o gosto perfeito dele ao mesmo tempo em que ele a levantava pelas coxas. 

Os dois gemeram alto quando ela o abraçou com suas pernas por sua cintura. 
Um pouco sem jeito ele a levou ate sua cama, onde a deitou e a abraçou com força. O beijo é muito mais romântico do que cheio do mais puro e simples desejo, e isso o deixou ainda mais inquieto do que relaxado. 

“Seja minha.” Ele suplicou olhando em seus olhos e ela apenas concordou tentando voltar a beijá-lo. “Não Kristen, eu estou falando sério.”

Ela apenas engoliu seco.

“Seja minha. Case comigo.”

“Robert, minha casa é aqui.” Ela suspirou. “A sua em Londres. Nós não sabemos quando vãos nos ver de novo e...”

“Case comigo.”

“Rob.”

“Case comigo Kristen. Seja só minha. Vamos para Londres ou podemos dar um jeito de ficar aqui. Apenas...”

“Pare.” Ela balançou a cabeça com os lábios trêmulos. “Pare, por favor, pare.”

“Case comigo Kristen. Você sabe que eu te a..” Ela tapou a boca dele com a mão. 

“Não diga isso. Por favor.”

“Você sabe que é a verdade.”

E ela sabia. 

Os dois sabiam. 

Mas não tinham idéia de como lidar com algo tão forte em meio de suas vidas tão bagunçadas. 


“Talvez minha mãe esteja mesmo certa.” Assim que Robert rolou para o lado ela se levantou nervosa. 

“Kristen, me escute...”

“Não faça esse pedido de novo.” A voz dela estava trêmula. “Não faça. Não é certo.” Ela terminou de abotoar o casaco e finalmente se virou. “Seu presente de aniversário está bem ali.”

Ela apontou para uma case com um enorme laço vermelho no canto do pequeno quarto e sala.
O tempo que ele gastou para olhar na direção que ela tinha apontado tinha sido o suficiente para que ela saísse correndo e batesse a porta com força. 

Ele não teve força para mais do que se sentar na cama e espremer os olhos outra vez, sabendo que aquilo tudo nunca ia dar certo. 

Sabendo que foi melhor ela ter ido embora sem dizer adeus. 

Sabendo que ele precisava voltar para casa o quanto antes e ela não poderia ir com ele. 

Sabendo que tudo o que eles estavam fazendo desde dezembro passado era completamente errado. 

Sabendo que ela ainda tinha um namorado. 

Aquilo tudo foi suficiente para que ele se levantasse e encarasse seu presente, onde um pequeno cartão estava pendurado. 

Meu pai disse que quando queremos um objeto que pode nos definir, ele não deve ser comprado e sim ser um presente de alguém que acredita no nosso talento ou potencial. E eu acredito em você como ator, como músico e como pessoa. Como homem e amigo. Como alguém que amo. 

Feliz aniversário adiantado. 

K.


Aquele violão tinha sido uma das poucas coisas que sobraram naquele quarto e sala depois que ele terminou de ler o cartão enfeitado por balões. 

“Ei...” Kristen deu um aperto em sua mão. 

“Desculpa. Estou realmente cansado.”

“Eu sei. Mas parece que chegamos.”

“Sim. Chegamos.” Ele sorriu vendo o carro parar na entrada do Four Seasons. 

Robert observou o grande relógio que estava na parede do balcão da recepção e notou que se Kristen não tivesse lhe feito uma surpresa, ainda teria boas duas horas antes de pegá-la no aeroporto. 

“Boa noite Sr Pattinson.” A atendente animada demais que já tinha conseguido autógrafos em seus quatro livros da Saga Twilight sorriu passando o cartão chave do quarto para ele. “Devo enviar os pedidos agora?”

“Não.” Ele engoliu seco. “Me deixe informar primeiro.”
“Tenha uma boa estadia.” 

Kristen preferiu se manter discreta no canto do salão. Robert acenou positivamente e ela foi ao seu encontro. Eles caminharam ao lado do outro até o elevador onde ela não deixou de reparar que ele tinha pedido para o servente acionar o botão do ultimo andar. 

Eles saíram do elevador de mãos dadas e caminharam até a porta maciça e dourada. Robert passou o cartão e Kristen esbugalhou os olhos vendo o tamamho da sala.

Robert observou suas reações com cuidado, estudando qualquer deslize que ele pudesse ter cometido. Ela se virou rindo, parecendo impressionada com tudo aquilo e começou a subir a escada que dava para o quarto. 

Ele a seguiu tentando pensar em como fazer o que precisava fazer para ela não perceber nada de errado. Assim que chegaram ao primeiro andar do quarto ela esfregou os braços. 

Acender a lareira parecia um bom começo. 

"Uau." Ela comentou observando a sala da pequena sacada da escada. "Eles realmente levam a sério o fato de você ser o ator do momento."

"Não Kristen." Robert comentou suave, tirando a mochila das costas dela. "Eu que pedi um quarto especial para nós dois."

Ela se virou e arfou vendo 
o quarto. Robert não tinha economizado para que ela se sentisse como uma rainha, exatamente como tinha lhe avisado mais cedo. Era tudo luxuoso demais, totalmente não Robert e Kristen. Ela se virou para ele um pouco nervosa.


"Você sabe que não precisava de tudo isso. Qualquer quarto pequeno com uma cama que coubesse nós dois já estava de bom tamanho."

Robert escolheu os ombros e caminhou para colocar a mochila dela em uma poltrona próxima a cama. 

"Rob?"
"Você está passando o seu aniversário comigo. Não com sua família." Ele passou os braços pelo corpo dela. "Eu precisava fazer valer, Kristen."

"Eu tenho minha família, minhas obrigações e uma vida a parte de nosso relacionamento." Ela comentou séria, segurando seu rosto. "Mas não existe dúvida de que é com você, não importa aonde você estivesse, que eu precisava estar."

Os dois ficaram abraçados por algum tempo em silêncio. 

"Eu te amo tanto Rob..." Ela ronronou contra seu peito. "Desde o meu aniversário de dezoito anos eu soube que não poderia passar nenhum outro longe de você."

Robert sorriu passando as mãos pelo cabelo dela. Como ele já imaginava, aquele era o momento perfeito.

“Eu também Love. Mas eu quero que amanhã você tenha um momento memorável. Eu gostaria de poder não trabalhar e nós estarmos aqui apenas para comemorar.”

“Um dia vamos poder fazer isso.” Ela sorriu animada. “Mas do jeito que passei meus últimos dois aniversários, assim como dessa vez, tenho certeza de que será perfeito.” Ela o abraçou com mais força. “Estamos juntos.”

“Sim. Estamos.” Era a hora de colocar o plano em prática. “Vamos jantar?”

“Hmhmm...” Ela concordou com um aceno de cabeça. “Mas eu queria tomar um banho primeiro.”

“Aposto que você vai gostar 
do banheiro” Ele sorriu animado quando curiosa ela correu para ver. 

“Puta merda!” Robert sorriu começando a tirar o figurino. “Porra Rob!” Ele riu diante da animação dela. 

“O que quer comer, Love?”

“Um cheeseburguer americano é pedir demais, não é?”

“Acredito que essa hora o MCDonald’s está fechado. Já são dez e meia.”

“Hmmm.” Ela apareceu e foi em direção a mochila. “Comeu alguma coisa daqui que tenha gostado?”
“Ontem eu comi a única coisa que podiam servir depois da meia noite. Um ravióli de espinafre, ricota e bacon.”

“Peça disso mais uma vez para mim.” Ela sorriu e correu para o banheiro com uma bolsa menor na mão. “Mas logo, fiquei com fome.”

-

Robert foi para a sala e ligou para a Recepção, fazendo com que todos montassem tudo como ele pediu. Os cinco presentes de Kristen estavam espalhados pela sala e pela varanda que tinha uma vista magnífica da cidade. 

Sentindo o coração querer sair pela boca ele correu de volta para o quarto e arrancou suas roupas depois de fechar a porta do mesmo e foi até o banheiro. 

A banheira estava enchendo e uma espuma grossa ainda estava muito rasa. 

Kristen ainda estava de calcinha, dentro do Box, perdida entre tantas opções de torneiras e com a ducha em uma das mãos. 

“Precisa de ajuda aí?”

“Para quê tantas torneiras?” Ela perguntou emburrada até se perder na vista do corpo dele livre das roupas. “Bem, quem precisa delas, não é mesmo?”

“São dois chuveiros.” Ele avisou como se estivesse falando com uma criança. “E a pequena ducha. Cada um desses é para acionar a temperatura da água.”

“Ah ta.” Kristen não estava mais ligando para isso. “Legal esse banquinho aqui, não é?” A malicia dela foi suficiente para que ele pudesse puxá-la para um beijo cheio de vontade. Ele estava com tanta saudade dela e de seu corpo... e Feliz por ter se segurado e não ter caído nos planos dela de ter uma rapidinha mais cedo. 

Quando tentou quebrar o beijo, Kristen chupou sua língua com força o fazendo gemer alto. Ele se virou rapidamente e abriu as torneiras do chuveiro da bancada e depois se virou na direção dela novamente já agarrando o pedaço de pano rendado com força. Kristen o ajudou e a renda se tornou uma bola vermelha no chão do Box. Ele se sentou na pequena bancada e a puxou por seu colo com força e ela agarrou seu cabelo mostrando estar tão pouco gentil quanto ele por enfiar a língua na boca dele.
Robert amou quando ela fez isso e deixou ela fazer o que fosse de sua vontade com ele. Sua mão escorregou pela barriga que ele tanto amava e chegou a seu sexo onde com rápidos movimentos circulares ele conseguiu arrancar gemidos e puxões mais fortes em seu cabelo. Ela parecia faminta quando quebrou o beijo e puxou ar antes de atacar seu pescoço como mais cedo. Sua mão pequena se fechou em sua ereção e foi a vez dele gemer com muita vontade. 

“Já é meu aniversário em LA.” Ela falou com a voz falha. “Então, nada mais justo que eu ter o que quero, certo?”

“Certo.” Ele concordou antes de roçar os dentes em seu mamilo esquerdo.

“Levanta.” Ela falou puxando ar e se levantando do colo dele. Assim que ele se levantou ela o empurrou para baixo d’água e o beijou tão cheia de vontade quanto antes. Os dois estavam finalmente encharcados. “Agora...” Ela se afastou e apoiou os braços na bancada. “Me fode aqui.”

A posição era como se ela estivesse de quatro, mas se apoiando na bancada conseguia empinar o quadril de uma forma que o impressionou um pouco. 

“Rob porra. É meu aniversário!” Ela choramingou e ele passou a mão pela sua bunda perfeita.


Robert amou quando ela fez isso e deixou ela fazer o que fosse de sua vontade com ele. Sua mão escorregou pela barriga que ele tanto amava e chegou a seu sexo onde com rápidos movimentos circulares ele conseguiu arrancar gemidos e puxões mais fortes em seu cabelo. Ela parecia faminta quando quebrou o beijo e puxou ar antes de atacar seu pescoço como mais cedo. Sua mão pequena se fechou em sua ereção e foi a vez dele gemer com muita vontade. 

“Já é meu aniversário em LA.” Ela falou com a voz falha. “Então, nada mais justo que eu ter o que quero, certo?”

“Certo.” Ele concordou antes de roçar os dentes em seu mamilo esquerdo.
“Levanta.” Ela falou puxando ar e se levantando do colo dele. Assim que ele se levantou ela o empurrou para baixo d’água e o beijou tão cheia de vontade quanto antes. Os dois estavam finalmente encharcados. “Agora...” Ela se afastou e apoiou os braços na bancada. “Me fode aqui.”

A posição era como se ela estivesse de quatro, mas se apoiando na bancada conseguia empinar o quadril de uma forma que o impressionou um pouco. 

“Rob porra. É meu aniversário!” Ela choramingou e ele passou a mão pela sua bunda perfeita.

“Desculpa.” Ele brincou com os dedos em seu sexo. “É só... difícil não admirar.”

“Eu não quero admiração agora.” Ela levantou a cabeça e olhou bem para ele. “Eu só quero você dentro de mim. Logo.”

A água escorria por suas costas e a deixava ainda mais linda. Não tinha como resistir sabendo que ela estava tão molhada. 

Vagarosamente Robert a preencheu. Os dois gemeram de satisfação e ele começou a se mover. 

“Mais.” Ela pediu por entre um gemido. “Mais Love, mais!”

“Porra Kristen...”

“Mais tarde nós podemos fazer isso com calma.” Ela alertou empurrando o quadril em direção do dele. “Ah porra... que saudade!”

Rob gemeu por diversos motivos. Mas um deles o preocupava. Não ia durar.

“Kris...”

“Eu sei.” Ela meio gemeu, meio riu. “Me aperta.”

Robert apertou a cintura dela com força e depois usou as mãos por seu corpo. Entre fortes idas e vindas, ele apertou seu mamilo direito e esfregou seu ponto sensível fazendo ela tremer.

“Love!”

Ele continuou e continuou, mas a posição, apesar de tudo não estava ajudando. A puxando com força ele se sentou e Kristen gritou surpresa por ele ir tão fundo. Ela se moveu um pouco e agarrou o cabelo dele com as mãos. 

“Mostra o que você quer Love. Seja egoísta, me use.” Ele insistiu sabendo que conseguiria se segurar mais um pouco.

“Se assim fosse, Love...” Ela falou entre dentes. “Eu teria te atacado no trailer. Eu quero você assim, relaxado. Entregue. Meu.”
Robert gostava de estimular a conversa durante o sexo. Kristen ficava mais solta, mais possessiva, falava suas vontades mais obscuras com facilidade. E ele amava isso como ela não conseguia compreender quando estava em um estado normal.

“Me toca.” Ela exigiu, ainda fazendo movimentos circulares com força e apoiando as costas no peito dele. 

Com um dos braços Robert passou as mãos por baixo de seus joelhos, os suspendendo e com a outra a torturou com força como ela precisava. Um gemido mais alto e o orgasmo de Kristen sendo apreciado, ele não precisou se segurar mais completando aquele momento totalmente dentro dela como ela tanto amava. 

-

Os dois estavam relaxando na banheira com água morna – tinha esfriado uma vez que os dois gastaram algum tempo dentro do Box sem ser para tomar um banho – abraçados. A sensação gostosa pós orgasmo proporcionado pelo seu verdadeiro amor fazia com que ambos se sentissem assim, bobos. 

Beijinhos aqui, risos ali. Abraços apertados, beijos mais profundos, troca de olhares. Era um silêncio para lá de comunicativo. 

O telefone do quarto quebrou a bolha dos dois. Robert passou a toalha pela cintura e foi até o quarto atendê-lo. 

Kristen se secou como pôde e usou o secador para tirar o excesso de água do cabelo quando ele entrou avisando que o jantar já tinha chegado. 

Os dois desceram e foram até a varanda onde uma mesa tinha sido posta. Robert nem tinha notado que ali tinha uma lareira também e ficou agradecido por a acenderem. Ele viu quando os funcionários entravam e saiam freneticamente do sala para deixar tudo como ele tinha pedido e agradeceu por Kristen não ter reparado.
A vista era única. A lareira, as velas e a luz baixa junto com a mesa tão bem arrumada era excessivamente romântico o que a surpreendeu de um modo especialmente positivo. Durante o jantar Robert entregou o primeiro presente para ela. Um pendrive com algumas de suas novas composições gravadas de modo caseiro. Ela imaginou que aquele tinha sido o seu presente, e ele mal podia esperar por sua reação aos outros. 

“Eu tenho tanta sorte...” Ela comentou com o pendrive na mão quando caminhavam de volta para a sala. “Eu amei Rob. Amei. Não existe melhor presente que esse.”
Ele apenas sorriu e abriu a porta que dava para a sala e ela ofegou.

“Robert!”

Vinte arranjos de orquídeas azuis estavam estrategicamente arrumadas próximas ao sofá.


Kristen não era o tipo de garota que gostava de flores, mas Robert tentou aos poucos até descobrir uma que ela gostasse. Foi por acaso, quando Jules arrumava um arranjo para um jantar importante que teriam em casa que ele viu Kristen fascinada. Naquele dia ela declarou para ele quando estavam deitados na sua cama, que orquídeas azuis tinham a hipnotizado. Robert guardou essa informação como se dependesse dela para viver. 

“Rob!” Ela chamou sua atenção e ele se sentou com ela no sofá. “Rob isso é...”

“Um feliz aniversário completamente especial.” Ele acendeu uma vela em cima de uma caixa. “Parabéns Love. Já passou da meia noite aqui.”

Ela riu quando viu uma caixa de snickers com uma vela em cima. 


“É o meu bolo?” Ela riu apagando a vela com os olhos fechados. “Fiz o meu pedido.”
“Kris...” Ele começou um pouco inseguro. “Você vendeu o loft, para valer?” Ela sorriu e acenou positivamente antes de dar uma mordida em seu chocolate favorito.
“Bem, já era hora.” Ela começou a explicar. “Eu passo mais tempo na casa dos meus pais ou no seu apart. As suas coisas e as minhas poucas coisas que eu tinha lá cabem na garagem de casa e eu não gostava daquele lugar. Tinha comprado apenas por puro impulso anos atrás.”

“Fico feliz que se sinta aliviada por vender aquele lugar.”

“As lembranças de lá não são boas, então... que o novo dono fique feliz, pois eu aceitei a primeira oferta dada.”

“Pronta para o seu próximo presente?”

Ela apenas esbugalhou os olhos e ele tirou debaixo de uma almofada um pequeno saco de veludo. 

“Todos os seus presentes hoje tem alguma ligação com o que passamos para estar aqui.” Ele observou ela tirar a fina corrente com um pingente do símbolo do infinito. 

“É lindo...” Ela o colocou e passou os dedos em cima do pingente que já estava colado com sua pele. “É um símbolo do infinito?”

“Sim. Essa é a forma que encontrei para medir o nosso amor.” Robert ficou um pouco envergonhado, mas seguiu em frente. “O outro presente, as orquídeas... são vinte arranjos, exatamente como sua idade.” Ele pode ver ela observando todos os arranjos com os olhos marejados. 

“O outro presente...”

“Porra Rob, quantos são?”

“Fique quieta mulher.” Ele resmungou divertido. “Me deixe terminar.” Ele puxou uma caixa debaixo do sofá onde estavam sentados. 

Kristen rasgou o embrulho sentindo o rosto pegar fogo. Era uma camisola preta com o busto em marfim e rendas. 


“Love... É linda demais.”

“Se você não fosse tão apressada eu teria tirado ela de você depois do jantar.”

Ela riu fazendo nota de vesti-la logo mais. Ela queria ter certeza do quão bonita podia ficar para ele. 

Robert respirou fundo e tentou não amarelar quando pegou o seu violão. O violão que ela tinha lhe dado e tinha um minúsculo RK08 marcado no cabo. 

Ele já tinha dado vários aneis diferentes como símbolo de seu compromisso. Não tinha motivo para ter medo agora.
“O seu ultimo presente é o maior presente que você vai poder me dar também.”

Ele passou os dedos pelas cordas até chegar ao tom que precisava para começar a tocar e cantar a música de Van Morrison que tinha tanto significado para eles dois. 

Quando Robert começou a tocar e cantar Crazy Love, as lembranças de uma noite especial e engraçada preencheu a mente dela. Os dois estavam espalhados no chão na casa de seus pais, um pouco bêbados, um pouco chapados e conversaram sobre todas as vezes, todas as quatro vezes em que ele tinha a pedido em casamento. A tensão foi jogada fora, pois naquele momento eles já estavam bem e juntos. Van Morrison embalou a conversa dos dois e ela confessou que essa música era um dos pedidos de casamento mais lindos que podiam existir. 

Ela sabia o que estava acontecendo e sentiu seu coração ficar inchado. Falta de ar e tontura também eram alguns sintomas. 

Uma lágrima escorreu por sua bochecha quando ele deixou o violão de lado e se ajoelhou no chão. Seu soluço foi alto e completamente apaixonado quando ele sorriu e começou a dizer as palavras extremamente tradicionais. 

“Kristen Jaymes Stewart você me daria a honra de se tornar minha esposa?”

O sim que escapou de seus lábios fora carregado de emoção. Robert escorregou pelo dedo dela  um anel fino,de ouro amarelo com muitos diamantes embora completamente discreto. Parecia diferente dos das lojas e com um ´eu mandei fazer especialmente para você’ela se sentiu ainda mais especial. Ele beijou a aliança e então segurou seu rosto antes de lhe beijar demonstrando toda a sua felicidade.
Nenhum dos dois poderiam descrever o quão aquele momento era especial.

Ele sorriu satisfeito por ter seguido a risca as recomendações de seu pai.

Robert estourou um champanhe e serviu em duas taças. Kristen nem mesmo percebeu o que a aguardava. Ela estava emocionada demais para reparar. Sentada em seu colo, ela deu um primeiro gole na bebida e aí sim percebeu que tinha um outro anel, ou melhor, uma aliança dourada e grossa, mas sem nenhum diamante, pelo que pôde perceber quando bebeu o champanhe mais rápido para vê-la. 

Assim que a sacudiu na sua mão ela sorriu e olhou para ele esperando uma explicação. 

“Eu mandei fazer essa também. Mais discreta, com meu nome, mas que você vai poder usar todos os dias...”

Que você vai poder usar todos os dias... 
***FIM***



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